Niterói tem 140 vagas para PMs no PROEIS com pagamento garantido pela Prefeitura


Autoridades e representantes do Conselho Comunitário de Segurança debatem implantações de novos projetos com a população e prestam contas sobre as ações na região
Foto ilustrativa: Web




por Renata Cardoso


      Durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Niterói na última quinta (9) foi repassada a informação através do sub-comandante do 12BPM, Tenente-Coronel Fábio Marçal, de que a cidade está pagando o PROEIS: convênio e parceria com a Prefeitura que agrega policiais militares a receber uma gratificação em caso de trabalho em dias de folga; e convida os PMs para fazer a inscrição na cidade. São 70 vagas abertas na parte da manhã, 50 na parte da tarde e 20 vagas à noite.

Como os policiais não receberam do Estado pelos trabalhos do projeto desde as Olimpíadas, eles estão receosos em participar do programa em qualquer cidade e poucos estão inscritos. Mas a Prefeitura de Niterói abraçou a causa em comprometimento na gestão do Prefeito Rodrigo Neves e o repasse da verba tem previsão para acontecer no máximo em dois meses.
De acordo com o site oficial da PM do Estado do Rio de Janeiro, as Folhas de Pagamento dos Convênios do PROEIS celebrados com Órgãos Estaduais (SEEDUC, SEPLAG, UENF, UERJ, CODIN e SEPREDEQ), dependem de deliberação exclusiva da Secretaria Estadual de Fazenda para crédito na conta corrente dos Policiais que realizaram os respectivos serviços; ressaltando que a Polícia Militar já executou todos os procedimentos inerentes à sua competência.

Também fez parte da pauta do dia a implantação do projeto "Segurança Presente" na região, tendo como modelo "Centro Presente", "Aterro Presente" e "Lapa Presente"; já em ação na cidade do Rio de Janeiro e financiado pela Federação do Comércio do Estado do Rio (Fecomércio) mas o custo, à princípio, está elevado e as autoridades estudam a possibilidade de solicitar apoio de outras entidades. Após um levantamento da equipe do observatório, com os projetos aplicados, houve a redução da criminalidade em 10% no primeiro ano mas aumentou a movimentação provocando um deslocamento da mancha criminal. Na próxima terça (14) o Conselho estará reunido com o CDL para discutir melhor sobre o assunto.
Uma situação delicada foi citada pelos delegados e há a necessidade em solucionar o problema o quanto antes. Parentes com familiares em óbito estão encontrando dificuldades para enterrá-los e buscam informações e socorro na Civil; ocupando os policiais de forma irregular em uma atividade de responsabilidade da Prefeitura.

"Não é crime para o policial fazer a ocorrência. Não é crime para a PM atender. Não é crime para o IML fazer a perícia e ao mesmo tempo não podemos deixar o corpo na rua"; desabafa Glaucio delegado titular da 76ª DP (Centro).
"...deveria ser executado pela prefeitura, através de um serviço de saúde com médicos que possam atuar nessa verificação. O custo de uma perícia para a Polícia Civil é de cerca de R$ 4 mil, dinheiro que é gasto na verificação de crimes naturais, além da mobilização do efetivo das delegacias”, explicou Claudio Otero, delegado titular da 79ª DP (Jurujuba).

Sobre alguns dados levantados a respeito da criminalidade em Niterói, de acordo com o 2° Ten. Marins, Chefe da Base Criminal do 12°BPM, 55% da letalidade que ocorre é provocada pela guerra de fogo; decorrente do tráfico de drogas, disputa de facções e acerto de contas e Dr. William, delegado titular da 78DP (Fonseca), complementa a informação com fatos atuais:
" Não é guerra do tráfico. É disputa de região para que a droga seja vendida. Em uma operação ano passado na comunidade Cova da Onça foi apreendido o valor de R$ 25 mil reais em lucro de venda só daquele dia. Quanto mais valorizada a região maior a incidência do crime."

(09/03/2017)

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