Intervenção na mira da polícia de Niterói




Autoridades se posicionam em relação 
a ação durante reunião do
Conselho Comunitário Municipal de Segurança Pública

por Renata Cardoso

          Moacyr Chagas substituiu o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Niterói - Leandro Santiago; que encontra-se afastado estes dias devido problemas familiares. Durante a reunião na manhã desta quinta (22), no CDL, autoridades, representantes políticos e sociedade debateram sobre a intervenção e como a ação pode afetar comandos e a tropa da região. Diante da atividade ainda não executada oficialmente na cidade, o presidente Leandro Santiago, questionado sobre o assunto durante a semana, deixou claro achar prematuro se posicionar enquanto não souber como será a estrutura preparada e já havia decidido apoiar a Intervenção Federal, acima de tudo, desde que seja um trabalho funcional em parceria com a polícia Civil e Militar com condições decentes e apropriadas para obter êxito em todas as instituições. No momento, está aguardando mais informações de como será realmente implantada em Niterói. De acordo com o Cel. Paulo Henrique, secretário executivo da GGIM, nada mudou por enquanto. Nada modificou em relação ao trabalho da polícia e aos projetos de segurança da Prefeitura instalados recentemente em alguns bairros e comentou sobre cada cidade adotar uma tática a ser implementada pelo exército assim que for concretizada. Nenhum comando foi alterado e o cidadão continua recorrendo normalmente, quando necessário, as delegacias próximas. O comandante do 12BPM, Cel. Márcio Rocha, também declarou não haver nenhuma alteração em relação aos procedimentos e atendimentos no batalhão.
     Sobre o atual suporte disponível para a cidade de Niterói, o efetivo do 12BPM trabalha com 978 policiais, 58 viaturas e 12 motocicletas e, mesmo sentindo a carência de efetivo e com menos 40% de sua frota ativa, do dia primeiro ao dia 20 de fevereiro, conseguiram reduzir o crime de letalidade violenta. 
      Representando a direção do CDL, sr. Guedes enfatizou sobre a reclamação dos lojistas com o aumento da criminalidade em seus estabelecimentos comerciais e, de acordo com o coronel Paulo Henrique, infelizmente houve um aumento significativo nesta área sim: “Em 2016 nós tivemos 380 ocorrências; em 2017 foram 346. Sendo que o roubo de carga, conectado a este crime, teve um aumento de 63 para 90 casos no município”. Dr. Gláucio – delegado titular da 76DP - solicitou aos comerciantes adaptar seus espaços com um circuito de filmagem mas priorizando a  boa qualidade da imagem na hora da gravação para facilitar a identificação de infratores.  
Com a palavra, o Cel. Marcio Rocha explicou estar agindo estrategicamente diante de cada situação:
“ A PM está aberta para credenciamento com oficinas para manutenção das viaturas, em todas as regiões. A questão de Icaraí tem chamado muito a nossa atenção; estamos bastante preocupados com estes últimos acontecimentos com bastante repercussão nas mídias sociais. Nosso planejamento deve ser integrado para que possam somar as forças e ser mais eficiente em defesa da população aonde quer que o crime esteja acontecendo. Esperamos que em 2018 tenhamos melhores condições.”
     Os vereadores Paulo Eduardo Gomes (PSOL) e Carlos Jordy (PSC) demonstraram, durante a reunião, apoio à introdução da intervenção mas também aguardam maiores informações para discutir melhor sobre o assunto.   
Bandidos da joalheria de Icaraí são identificados pela polícia
Sobre a quadrilha que atacou a joalheria do Shopping Icaraí, em Niterói, a polícia já identificou 3 dos 5 ladrões em um trabalho conjunto das delegacias da região. Os envolvidos são oriundos de comunidades do Rio, porém; com alguma ligação na região de Niterói / São Gonçalo. "Os elementos foram reconhecidos em 3 roubos distintos; inclusive a uma joalheria também na área da 76DP (Centro), com envolvimento também na área da 10DP e 19DP (Rio de Janeiro) mas se Deus quiser, a gente vai conseguir capturá-los"; comentou Dr. Glaucio Paz - delegado titular da 76DP - Centro.

          Felipe Reis, da Ong Viver Bem,  declarou já estar colaborando com o início do processo de intervenção que será aplicado em Niterói:
     “Só tenho a certeza que nosso sistema da Viver Bem criado não é só uma câmera posicionada,  mas sim um sistema de inteligência. Nós fomos para reuniões no quartel general . Já está sendo visto pelo Ministério da Defesa. Eles estão analisando cada canto. Cada local. Posso dizer para vocês que eles vieram para somar. Acho que é nosso dever colaborar e lutar para que a nossa vida melhore.”
         O delegado titular da 77DP, dr. Robson Costa,  também se manifestou, representando todos os delegados da cidade, e em poucas palavras justificou a futura e esperada presença das forças armadas na cidade:

      “ Eu tenho duas certezas: A primeira é que as coisas não estão boas.  Estão horríveis. A segunda certeza é de que se a gente não estivesse trabalhando no nível que a gente está, as coisas estariam bem piores. E uma situação que corrobora para estas certezas é de que nós estamos sob intervenção federal na segurança pública.”

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