Primeira aviadora brasileira ganha biografia escrita pela sua sobrinha-bisneta

 Thereza, coragem para voar

          Tudo começou em 17 de março de 1922: Thereza de Marzo olha para o céu disposta a enfrentar o maior desafio de sua vida e que a faria entrar para a história: voar sozinha e assim se tornar a primeira aviadora brasileira brevetada. Há mais de 100 anos, podemos dizer, com toda certeza, que ela não desafiou apenas a gravidade, mas as convenções de seu tempo. 


           24 de outubro de 2023: nasce Thereza, coragem para voar, de uma atitude também muito corajosa de sua sobrinha-bisneta, Beatriz Zogaib, que decidiu mergulhar de cabeça na vida de uma mulher cheia de história. Bia, como gosta de ser chamada, reuniu todo seu talento de jornalista e especialista em storytelling e nos presenteia com uma biografia emocionante que resgata a importância da história de uma mulher que estava esquecida - como tantas que sabemos que um dia estiveram ou que ainda estão. 

           “Eu gosto de histórias reais que fazem a gente refletir. E desde pequena eu tenho a história da minha tia planando sobre a minha vida. Mas o que eu sabia era o que minha família contava, por isso, como Jornalista, comecei a investigar a história e fui costurando as informações”, conta a autora do livro. “Sei o quanto é difícil ser mulher, especialmente em ambientes que dizem que não podem ser nossos. Se é difícil agora, imagino naquela época. A coragem da Thereza sempre me atraiu e me guiou a buscar meus objetivos”, completa. 


           A conexão entre essas duas mulheres separadas pelo tempo, mas unidas pelo espírito audacioso, é algo que nem a própria Thereza poderia ter previsto. “Este livro é mais do que uma biografia jornalística da minha tia. É um manifesto que celebra a ousadia feminina em todas as suas formas”, explica Beatriz. 

          Thereza, coragem para voar, não é apenas sobre o mundo da aviação, mas é uma uma profunda imersão em assuntos variados como cultura, esportes, arte e moda. E não para por aí: o livro também aborda as emoções complexas dentro de uma possível metáfora para as mulheres que sonham com liberdade.  

          “Esse livro é também sobre um resgate com a minha essência. Comecei a ter contato com a história da Thereza em um momento muito desafiador de minha vida. Sua história me ajudou a me redescobrir e me dar coragem para seguir meus sonhos. Thereza nunca esteve tão viva para mim”, desabafa a autora.

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